Aracaju possui hoje, segundo dados da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), 37 canais abertos que totalizam 55.324 metros de extensão em toda a cidade. O número faz com que a cidade seja conhecida até fora do estado pela grande quantidade de canais, mas por que existem os canais, por que eles são abertos e quais as vantagens e desvantagens desse tipo de canal?
Problemas
Moradores do conjunto Augusto Franco ressaltam o mau cheiro como a maior desvantagem. " Tem dias que o cheiro está horrível", disse a moradora Cláudia Santana, que mora em frente a um dos inúmeros canais do conjunto.
Além do mau cheiro, comerciantes que possuem estabelecimentos em frente aos canais reclamam da grande quantidade de ratos e baratas que os canais atraem. O proprietário de uma loja de roupas, Francisco da Silva, informou que constantemente aparecem insetos em sua loja. "Na última chuva forte que teve, até alagou", reclamou.
Drenagem Urbana Sustentável
Para o ambientalista Anderson Góis, a drenagem sustentável objetiva garantir a qualidade da água e o ciclo hidrológico em todas as suas fases, evitando-se processos erosivos, enchentes e a perda de capacidade dos mananciais subterrâneos.
“Para se efetivar a drenagem urbana sustentável é preciso estabelecer uma melhoria do fluxo, planejamento da ocupação das planícies de inundação, estabelecer medidas compensatórias, ter uma atuação enérgica sobre as causas e trabalhar com afinco o controle de fluxos na origem que primordialmente é o lixo produzido em nossas

Meio Ambiente
“O primeiro elemento significativo sobre os canais abertos em Aracaju é se estabelecer um estudo morfológico para se ter uma clara noção de sua geografia, é entender que com o crescimento populacional desordenado pelo qual passa a nossa capital é importante o enfoque por parte dos planejadores e gestores dos sistemas fluviais urbanos”, disse o ambientalista e professor, Anderson Góis.
Segundo ele, os canais abertos devem ser monitorados e devem haver medições consistentes para determinar a largura e a profundidade dos canais, do nível e da velocidade das águas. As mudanças na forma dos canais e a sua degradação devem também ser identificadas através de indicadores mensurados diretamente no campo (vegetação, estruturas de concreto e formação de bancos arenosos, entre outros) e deve haver a medição da erosão das margens.
Por Danielle Menezes do Portal Infonet
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