O orçamento da Noruega para o próximo ano mostra que o país quase dobrará suas taxas sobre as emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor petrolífero, reportou a Reuters.
A cobrança sobre a indústria de petróleo offshore passará para US$ 72,16 por tonelada em 2013. O setor pesqueiro também terá uma nova taxa de US$ 8,8/t.
O aumento na arrecadação servirá para ampliar o direcionamento de recursos para a preservação das florestas tropicais. No próximo ano, o país pretende empregar US$ 528 milhões, um aumento de US$ 70 milhões, para proteger áreas inclusive na Amazônia brasileira.
A Noruega introduziu a sua taxa sobre o carbono em 1991, abrangendo os combustíveis fósseis petróleo e diesel. Críticos argumentam que mesmo com o preço mais caro dos combustíveis e com quase a totalidade da demanda por eletricidade sendo suprida por fontes hídricas, o comportamento no país não mudou, e as emissões ainda assim cresceram.
A meta da Noruega é cortar em 30% as emissões de CO2 até 2020, com base nos níveis de 1990. Em 2011, a emissões dos noruegueses ainda estavam 6% acima do ano base.
A regulamentação sobre as emissões de CO2 existe quase em duas dezenas de países, como Finlândia, Alemanha, Dinamarca, Irlanda, Itália, Suíça, Suécia, Reino Unido, Nova Zelândia, Holanda, Noruega, algumas províncias canadenses e, mais recentemente, na Austrália.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
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